Esquizofrenia

26-09-2021
ESQUIZOFRENIA:


Ouvimos muitas vezes esta palavra, mas será que sabemos o seu significado?

Erradamente, ouve-se, muitas vezes, nos meios de comunicação social, e até no nosso parlamento, pessoas a utilizarem a palavra "esquizofrénico", fora do contexto da saúde mental, para caracterizar discursos e comportamentos desajustados de determinadas personalidades da actualidade, o que faz com que o preconceito aumente em torno desta palavra, associando-a a aspectos mais negativos das pessoas.


É muito pouco frequente ouvirmos falar abertamente da esquizofrenia, o que aumenta a confusão em torno dela.


A esquizofrenia é uma doença do foro mental que, quando não é tratada, se caracteriza pela existência de alguns sintomas como os seguintes:


1. Alucinações (ouvir, ver, cheirar, saborear e sentir coisas que não existem na realidade; sendo que o mais frequente é ouvir vozes);


2. Delírios ("alteração do pensamento": as pessoas com esquizofrenia podem acreditar em coisas que não correspondem à realidade, por exemplo não comerem porque pensam que a comida está envenenada);


3. Comportamentos de negativismo (por exemplo, podem não querer falar com ninguém, ficarem "apáticos" e "não mostrarem emoções");


4. Discurso desorganizado (por exemplo, não se perceber o que falam, o discurso pode não ter muito sentido);


5. Comportamentos desorganizados (por exemplo, ficarem muito tempo parados em posturas rígidas);
Para que alguém seja diagnosticado com esquizofrenia é necessário que estes sintomas interfiram significativamente com a vida social, profissional, ou com o próprio.


Tal como as outras patologias do foro mental, o diagnóstico de esquizofrenia só é emitido por um profissional de saúde mental. 


Apesar da esquizofrenia ainda não ter cura, tem tratamento, e estas pessoas, se medicadas, podem ter uma vida praticamente normal. 


Se conhece alguém com esquizofrenia, ajude, acompanhe a pessoa ao médico e, sobretudo, escute. Embora possa parecer "disparate", o que a pessoa possa relatar, é o seu mundo, ficará surpreendido que, ao ouvir, que no meio desse mundo, existirão mundos comuns como o seu. 

 

M Filomena Abreu - psicóloga clinica e hipnoterapeuta