Porque é que chamamos “doenças dos nervos”  às doenças mentais ?

28-10-2021
⭕️Nervo vago e "doenças mentais"

 

✅Na imagem é possível ver, a verde, uma parte do nervo vago, o nervo maior do nosso corpo que interfere com muitas funções vitais como a respiração e o batimento cardíaco. 


✅Ainda não se sabe muito bem como funciona a sua estimulação, mas novos tratamentos em que se estimula este nervo através de um "aparelho eléctrico" conseguem reverter sintomas de depressão, epilepsia e, dizem os novos estudos, até de alguns sintomas da doença de alzhemeir.


ℹ️Existe uma técnica, não invasiva, que ensino aos meus pacientes, sobretudo com sintomatologia ansiosa e depressiva, para estimularem o nervo vago que ajuda a activar a resposta de relaxamento interna. 


✅Estando este nervo directamente ligado aos sistemas autónomos simpático e parassimpático (não tem que ver com simpatia, são sistemas do nosso corpo que, genericamente, activam as respostas de "luta/fuga" ou de "relaxamento"; podemos conseguir "enganar" e activarmos o sistema que quisermos se, nós próprios, mimetizarmos os efeitos pretendidos.


✅Por exemplo, se eu quero "relaxar", vou expirar muito devagar (na expiração a frequência cardíaca diminui e a hormona do stress, o cortisol também) e, ao mesmo tempo, "relaxar" manualmente a região do diafragma (um dos principais músculos da respiração), e onde está parte do nervo vago, pressionando com ambas as mãos, num movimento ascendente, a região logo abaixo do esterno no momento da expiração (logo abaixo das "costelas", mais no centro), uma pressão ligeira e gradual.


ℹ️Cada vez mais existem estudos que apontam para que as respostas de "cura" para as patologias mentais estão no nosso corpo. Embora a medicação possa ser também necessária, a terapia farmacológica pode, e deve, ser uma parte integrante de um tratamento. 


✅Por exemplo, não basta tomarmos comprimidos para a diabetes ("açúcar alto no sangue") e continuarmos a comer bolos! Da mesma forma, com a doença mental, não basta tomar os remédios é importante também ter um papel activo na doença e, quem sabe, não precisar de tantos medicamentos para a tratar.


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▫️Maria Filomena Abreu - psicóloga clinica e hipnoterapeuta